Hoje eu não quero falar das mães desnaturadas.
Eu não vou falar dessas mães que espancam,
dessas mães que não entendem de sorrisos
e desconhecem o amargor das lágrimas filiais.
Hoje eu quero falar das mães que amam
No sentido mais extremo da palavra.
Eu quero falar de um tempo inesquecível
Em que a minha mãe me olhava com ternura,
Colocava-me no colo e cantarolava para mim.
Lembro-me das minhas inocentes travessuras
E o seu olhar de quem não tivesse visto nada.
Lembro-me de suas preocupações,
Das quais fingia não tê-las.
Lembro-me de suas dores na alma,
Que disfarçava senti-las.
O seu sorriso continua doce, inebriante, afável
Como o sorriso mais casto da divindade mais pura.
Lembro-me de seu desvelo
Para com o meu mundo estudantil.
Lembro-me das estórias que me contava,
Onde através delas eu pude vislumbrar
Mundos reais de tantas histórias.
Lembro-me de seu silêncio
Que tanto me levou a refletir.
O seu olhar continua terno, grave,
Transmitindo segurança e acolhimento.
Lembro-me de sua exímia capacidade
De administrar o lar com justiça e carinho.
Os filhos hoje moram em outros lares,
Porém dentro de seu coração você os guarda
Como o fez desde os primeiros
Que lhe saíram do ventre.
Obrigado, mãe, por saber ser Mãe!
Por saber amar como uma verdadeira Mãe!
Professor e
Poeta Ivo Júnior