Um dia
se sentou em uma rua de Salgueiro
E começou a olhar a natureza,
Pássaros cantavam, ventos sopravam,
Árvores se moviam, água descia sobre
calçadas,
O sol brilhava e formava paisagem
com as nuvens
Que parecia quadros de Picasso.
De repente sentiu a presença de
alguém
Que suavemente tocou-lhe a cabeça.
Teve um medo de repente
E não se sentiu com coragem de
olhar;
A sua voz parecia em aramaico
E lhe disse palavras que muitos
gostariam de ouvir:
Olhe para o céu e para a terra!
Quem terá criado toda esta beleza?
Quem lhe deu o dom de ver a
natureza?
Quem lhe fez nascer pequeno e hoje
ser grande?
Ouvir, ver, respirar, falar, sentir
e andar?
Quem será este arquiteto? Quem será?
Perguntou o bom menino: qual o seu
nome?
Para onde ele iria e de onde vinha.
A mão sobre sua cabeça ainda sentia
Quando um vento forte soprou ao
redor;
Não teve respostas ficou a olhar,
Nada vendo, o menino ficou a pensar.
Emissael Alves
de Barros
Poeta salgueirense