Um Bom Menino
Emissael Alves de Barros

Um dia se sentou em uma rua de Salgueiro
E começou a olhar a natureza,
Pássaros cantavam, ventos sopravam,
Árvores se moviam, água descia sobre calçadas,
O sol brilhava e formava paisagem com as nuvens
Que parecia quadros de Picasso.

De repente sentiu a presença de alguém 
Que suavemente tocou-lhe a cabeça.
Teve um medo de repente
E não se sentiu com coragem de olhar;
A sua voz parecia em aramaico
E lhe disse palavras que muitos gostariam de ouvir:

Olhe para o céu e para a terra!
Quem terá criado toda esta beleza?
Quem lhe deu o dom de ver a natureza?
Quem lhe fez nascer pequeno e hoje ser grande?
Ouvir, ver, respirar, falar, sentir e andar?
Quem será este arquiteto? Quem será?

Perguntou o bom menino: qual o seu nome?
Para onde ele iria e de onde vinha.
A mão sobre sua cabeça ainda sentia
Quando um vento forte soprou ao redor;
Não teve respostas ficou a olhar,
Nada vendo, o menino ficou a pensar.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense

Publicada em 16 de dezembro de 2009