Ó Deus
faça com que chegue água
Na nossa querida salgueiro
Senão podem morrer de sede
Devotos de são Severino
Homem, mulher e menino
Que já estão sem tomar banho
Das segundas às sextas feiras.
O sertanejo é sofrido
Quando não morre por falta d'água
Morre afogado na mesma
É sol, é seca, é falta de inverno
É gente passando fome
A falta d'água em salgueiro
É um problema alarmante
Santa Compesa te suplicamos
Não deixe a gente morrer de sede
A conta d'água está garantida
Desde a serra de monte santo
Chovendo ou fazendo sol
Mesmo que não estejamos em dia
Ouça a prece de um suplicante.
Ave Compesa cheia de graça
Santificada seja teu nome
Manda água pra nossa casa
Cura esta sede sem banho
No monte santo és bendita
Não deixe a gente passar
Por falta d'água tamanha.
Cura esse grude e a sede
Deste povo de salgueiro
Que tanto clama a Compesa
Com medo de morrer de sede
Já não tomamos banho há tempo
A tubulação velha quebrada
E o reservatório d'água é pequeno.
Curtume, castelinho e Cohab
Até o divino espírito santo
Tem tanta gente devota
Se pegando com os santos
Santa Compesa tem piedade
Ouça a prece de um sertanejo
E faz milagre nos canos.
Emissael Alves
de Barros
Poeta salgueirense