Só Lembranças
Emissael Alves de Barros
Acordei,
e ao despertar da cama
ouvia-se o apito bailando com aquela
chaminé de fumaça.
Gente subia.
O apito se repetia.
Via-se uma nuvem escura produzindo
cheiro de couraça.
Gente descia.
Às horas tardias.
Gente voltava.
Sorrisos nos rostos de quem iria para as
caldeiras da produção.
Ao entardecer gente subia, gente descia.
Era o serão.
Aqui se tinha certeza, de que, neste
torrão também se produzia.
E agora Zé Lotero?
Quem não lembra do curtume?
Porque não dizer de Veremundo.
Mesmo com o passar do tempo, ou mesmo,
com tuas ruínas
tuas lembranças jamais serão esquecidas.
Fala Curtume!
Adeus Santa Margarida.
Emissael Alves de
Barros
Poeta Salgueirense.
Publicada em 28 de novembro de 2007 |