Do açude velho as
saudades...
Ver o homem na canoa a pescar
Do brilho do sol sobre as águas
Em ver os pássaros a sobrevoar.
Do açude velho as
saudades...
Com as lavadeiras ao seu redor
Na lavação de roupas sobre as pedras
No colorido quando estendidas ao sol.
Do açude velho as
saudades...
No amanhecer de mais um dia
Em ver o trasbordar das tuas águas
Que ao teu sangradouro nos atraia.
Do açude velho as
saudades...
Nas tuas águas estando a mergulhar
E do salto mais alto sobre ti, açude velho
A te abraçar flutuava, estando a nadar.
Do açude velho as
saudades...
As tuas cacimbas, os peixes, o teu ar.
O teu paredão em unir o teu povo
Como num vai e vem parece desfilar.
Do açude velho as
saudades...
Saudades das suas vítimas também,
Daquela criança, do jovem, e do adulto,
Assim nos fizeste chorar por alguém.
Do açude velho as
saudades...
E das minhas saudades a poesia
Estando eu a morrer de tristezas
Em vê-lo morrendo nesta agonia.
Do açude velho as
saudades...
E destas saudades, que o povo clama
Por amor e respeito à mãe natureza
Que vamos à luta, pois Salgueiro te ama!
Do açude velho as
saudades...
Onde cada um de nós temos o que falar
Qual é a sua saudade do açude velho?
Ele ainda estar vivo, querendo te escutar.
Do açude velho as
saudades...
Na esperança, vivemos a certeza
Por amor a ti, que serás revitalizado
Devolvendo a todos nós, a tua beleza!
Osvaldo Nunes de Barros/Policial/Amigo e
salgueirense.
Dedicado às
lavadeiras, pescadores e a você!