Saudades
Emissael Alves de Barros

Sentado em um tamborete 
Na calçada da velha casa
Onde moro e onde morou
Alguém que partiu para eternidade
Ouvindo aquela música nordestina
A reviver muitos momentos
Nesta tarde matutina

A tarde vai escurecendo
E lá se vem a lua com São Jorge
Montado no seu cavalo branco
Pois a casa onde moro
Continua cada vez mais linda
Como ontem, como hoje e para sempre
Naquela tarde e agora nesta noite

E continuo convivendo com o tempo
A casa, a calçada são as mesmas
Como a tarde, a noite e a lua
O ruim é a saudade do meu pai
Quando estou em frente da casa
Sentado no velho tamborete
O mesmo que ele sentava.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.

Publicada em 26 de Janeiro de 2012