Salgueiro Encantada
Emissael Alves de Barros

No mês de junho
De manhã quando acordo
Sempre me vem na memória
Ao ouvir forró do rádio
E o prosiá dos cantores
O batido na zabumba
O tinido do triângulo
E o choro da sanfona

Não preciso dizer mais nada
Luiz do Depa e Gonzaga
Forró, xote e baião
No são João sempre tocavam
E no salão onde dançavam
Pareciam com o xaxado
As mulheres Marias Bonitas
Do tempo de Lampião

Aqui terra encantada
De Santo Antonio, Zé Nilton e São João
Belas vistas do cruzeiro
Bem no centro do sertão
Açude velho e novo
Árvore chamada salgueiro
Onde sob sombra milagrosa
Achava-se uma criança.

Emissael Alves de Barros - Poeta salgueirense.

Publicada em 10 de Junho de 2011