Muitos dos teus filhos já te deixaram
Salgueiro!
Sou um destes que um dia também estive a
partir
Aqui distante, meu coração a pulsar de
saudades
Ao lembrar a família, os amigos, e também
de ti.
São pedaços de mim que ficaram em ti
enraizados
Na rua que morei, na minha escola, nas
amizades
Contudo sendo a família a razão maior
deste amor
Pra viver num vai-e-vem que chamamos
saudades.
Às vezes paro e fico a pensar nas minhas
peraltices
Em correndo atrás de uma bola na Praça da
Matriz,
Na rua, no campo de várzea, uma criança a
brincar
Num mais expressivo e brilhante olhar em
ser feliz,.
Nestas terras distantes sempre que estou
a interagir
O meu sotaque inconfundível de
Pernambucanidade
Logo revela que a minha raiz, chama-se
Salgueiro!
Que entre tantas: É o meu berço em forma
de cidade.
Quanta alegria eu sinto estando de volta
à Salgueiro!
Enquanto a passear pelas ruas, em viver a
liberdade
No reencontro com os amigos no final de
mais um dia
Pra num bate-papo fazermos valer esta
tranqüilidade.
Mais é chegada a hora de encararmos a tal
realidade
Outra vez terminadas as férias, temos que
nos separar
Daí fico aguardando passarem dias que
intermináveis
E assim nas próximas férias, outra vez
nos reencontrar.
Osvaldo Nunes de
Barros/Policial, amigo e salgueirense.
Dedicado ao filho Magnun Nueldo, e a
você que mora
fora e sente saudades...