Corria sem destino
Nem sabia de onde partia
Tantas pessoas que corriam
Nem via aonde chegavam
Eu e os que também corriam
Olhávamos sempre assustados
Não conhecia um nem outro
Parecia que não chegava
O lugar em que queríamos
Cansados ainda corríamos
Alguns corriam na frente
Depois corriam atrás
Na metade pra onde corríamos
Ninguém ficou para trás
Somente os que não corriam
Corria para frente e para trás
Não vejo mais os que corriam
Parado pulando e sorrindo
Eu via um poeta louco
Que corria corria e corria.
Emissael
Alves de Barros
Poeta salgueirense