O Poeta e a Borboleta
Ivo Martins Vieira Júnior

O poeta diante da máquina 
não sabia o que deixar no papel. 
Queria, no entanto, escrever 
a propósito das coisas mais simples. 

Não era nascido o primeiro verso 
quando, subitamente, pousou-lhe na mão 
uma sutil e despretensiosa borboleta. 

Foi aí que o poeta, fitando-a, sorriu, 
e esqueceu da máquina, 
e esqueceu do tempo... 

Mas a poesia daquele instante 
fez lembrar que lá fora havia jardins 
de rosas multicoloridas e perfumadas, 
sob um céu simplesmente azulado e belo.

Poeta Ivo Júnior

Publicada em 25 de agosto de 2013