O Milagre
Emissael Alves de Barros

Aqui a seca é medonha
E há tamanha tristeza
O gado morrendo de fome
A cacimba quase secando
Que pena a caatinga seca
Na poeira o vento soprando
Mas não perca a esperança
Tenha fé na chuva chegando.

 Quanta gente aqui devota
Na procissão carrega o santo
Ora e se pega com Deus
Lembra do padre Cícero
Frei Damião e São José 
Pai adotivo de Jesus Cristo
Enterrado de cabeça para baixo
Ressuscitado quando chover.

Se assim a chuva cai
Vamos rezar a novena
No lugar da cruz o andor
O povo agora contente
A oração é rezada em cantos
São José deixado nas casas
No outro dia vamos buscá-lo
E agradecer o milagre.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.

Publicada em 31 de Maio de 2012