O meu Papai Noel nada
tinha a ver com aquele Papai Noel
do qual me falaram quando eu era uma criança.
O meu Papai Noel não era um velho gordo, de barba
comprida.
Ele era jovem, esguio, tinha uma excelente
fisionomia e
possuía uma barba não muito longa nem tampouco
grisalha.
Os seus olhos transmitiam um misto de piedade e
esperança.
O meu Papai Noel não andava sobre um trenó.
Muitas vezes o viram caminhando sobre os montes,
sobre as terras quentes dos desertos e até sobre as
águas do mar...
Montado no dorso de uma jumenta, um dia, ele
adentrou, triunfante,
numa cidade chamada Jerusalém.
O meu Papai Noel não usava gorro.
Cingiram a sua cabeça com uma torturante coroa de
espinhos pontiagudos.
O meu Papai Noel não transportava, um saco repleto
de brinquedos.
Nas costas dele havia uma cruz de madeira rústica,
muito pesada, e o
púrpuro líquido que jorrava de seu corpo era o preço
do perdão,
o sangue da misericórdia.
O meu Papai Noel não chegava às casas através das
chaminés.
Ele buscava as portas do coração e da alma.
O meu Papai Noel chama-se Jesus Cristo, o Filho de
Deus.
O maior exemplo de amor, de perdão e de bondade já
visto no mundo.
Ele é o nosso maior presente!
Poeta Ivo Júnior