Um
cavaleiro solitário
Que vinha do mato pra rua
Montado no seu cavalo
Não perdia a esperança
De encontrar o seu amor
Logo próximo à cidade
Conheceu uma mulher
E pedindo uma carona
Montou com ele o cavalo
Seguindo rumos à avenida
Aquela mulher calada
Com seu vestido comprido
Pedia para a o cavaleiro
Andar um pouco mais rápido
E ele não entendia
A mulher agonizava
O cavaleiro se apressava
Dizendo ela mais rápido!
Pare no próximo hospital
Para a criança nascer
O cavaleiro assustado
Não havia percebido
Somente ao descer do cavalo
Ao olhar para a mulher
viu que estava grávida
Ajudou ela descer
Ficou bastante assombrado
Pediu socorro ligeiro
Dizendo em alto e bom tom
O menino está pra nascer!
Sem desapear o cavalo
Só deu tempo ele descer
O menino foi nascendo
E o cavaleiro dizendo
Já não sou mais solitário.
Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.