Um
ancião segue a estrada
Enxergando pouco e cansado
Suas vestes sujas de poeira e suor
Seus pés bastante calejados
Chagado por fora
Ferido por dentro
Ao entardecer olha para o céu
E com a voz trêmula pela sede diz
Meu Deus! Meu Deus!
Por que os mais necessitados
São os que mais sofrem
E os que acreditam são
desacreditados?
Baixa a cabeça e não desanima
Seguindo continua sua viagem
E sobre o chão da terra
Ver rastos contrários aos seus
E percebe que naquela estrada
Também outros vieram e se foram
A noite chega e sob a neblina
Sente fome mas sua fé alimenta
Encontra uma igreja e vai passando
Quando uma criança lhe pára e
pergunta
Por que não entra e reza velhinho?
E ele responde para todos os
presentes
Nem todo o que me diz: senhor!
Senhor!
Entrará no Reino do Céu, mas aquele
Que faz a vontade do meu Pai
Que está nos Céus. (rm. 10:13)
Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.