Lampião
Marcos Antonio Alves de Sá

Seu doutor eu fui menino
Lá pras bandas do sertão
Ouvi falar em Lampião
Como sendo um assassino

Mas o cupido lhe flechou
E lhe abriu uma ferida
Apareceu Maria Bonita
Uma mimosa flor

Que com seus dotes femininos
Transformou o assassino
Num grande conquistador

Contam as sagas nordestinas
Que Lampião, rei do cangaço
Nos forrós as dançarinas
Com ele acertavam o passo

E se forró tava bom
Parado ele escutava
E nem que o rifle desse um nó
Mas pra dançar ele entrava

E no sertão Sergipano
Não me lembro bem o ano
Pois ainda era menino
Uma tragédia aconteceu
E naquele dia morreu
Um guerreiro nordestino

Marcos Antonio Alves de Sá

Publicada em 14 de Março de 2008