No centro de Salgueiro
Há lamentos de um velho açude.
Abandonado, ameaçado de extinção
Quem tantas vezes matou
A sede de um povo geme e nos gemidos,
Gritos de dor.
O homem do progresso tem os ouvidos
fechados,
Pouco entende o valor da preservação.
E o Açude Velho pergunta:
Onde estão os banhistas?
Onde estão os pescadores?
Onde estão os que saciaram a sede e
mataram a
fome com os peixes das minhas águas?
Salgueiro segue silencioso...
O mesmo Salgueiro que cala diante de
injustiças
Também não levanta a voz contra a
poluição.