Dou-te meus ombros para a cruz
E a minha mão já calejada
Dou-te meus pés pra tua estrada
Para seguir teu caminho de luz
Dou-te minh'alma ensangüentada
Para ter o teu espírito que conduz
Dou-te meu corpo que produz
Minha fé, pela crença castigada
Dou-te o meu corpo flagelado
Pela força brutal da minha crença
Com as marcas de reconhecença
Entrego o meu corpo mutilado
Dou-te meu retrato despedaçado
Na certeza da minha renascença
Hélio
Ferreira
Publicada em 03 de abril de 2006