Antes que a noite chegue,
cuspirei no rosto da solidão.
Ao longo da caminhada certa,
farei estapafúrdias peripécias...
e o meu brado será de contentamento.
Sobre o galho de uma árvore imaginária,
deixarei um lenço branco
acenando para a saudade.
Chamar-me-ão de excêntrico.
Mas quem ousaria ter o privilégio
de sonhar os meus sonhos?
Alucinado, chamarei por mim,
no labirinto do meu ser.
Uma voz de criança, entre risos,
responderá: ? Estou aqui, poeta!?
Antes que a noite chegue,
minha sombra me abandonará.
Porém meu choro não será de tristeza...
e eu, por certo, já terei me reencontrado.
Poeta Ivo Júnior