Aqui nesta cidade
Muito tem pra se contar
História do padre Cícero, Lampião
Luiz Gonzaga e Raimundo de Sá
Beber água do açude velho
Era como beber água mineral
Ser internado no antigo hospital
Parecia em uma UTI
Ouvir o sino da igreja
A missa de padre domingos
Tomar a hóstia com Benedito
Sentir o odor do curtume
Nossa Salgueiro é histórica
Com escola de nome Carlos Pena
Se profissionalizava no industrial
Como também no Dom Malan
Primeiros médicos de interior
Dr. Severino e Dr. Romão
Dr. Canejo e Dr. Buda
Padre Mariano filho deste chão
Piui piui piui ...
De madrugada o apito do trem
Gente descendo e subindo
E mãe Panta pegando menino
De manhãzinha o cheiro do pão
Os comerciantes todos alegres
Peteca, Luiz Monteiro e Zé Vicente
Seu Marreca que duelou com lampião
Que terra fértil esta nossa
De homens bravos valentes
Não se dizia de violências
Mas homens de inteligências
Antonio Dedé com seus depósitos
Antonio Siqueira e seu Silvino
Foram amigos de Veremundo e Raul
Prosearam com Belero e Zé Barros
Ainda hoje há do que se falar
Luizão do são Gonçalo e fogueteiro
Zé do Mestre relembrando seu
celestino
Forró xote e baião de Gonzagão
Em nossa cultura temos de tudo
Temos também nova geração
Uma juventude que prospera a cada
dia
E que seja exemplo dos citados
cidadãos.
Emissael Alves
de Barros
Poeta salgueirense