Lembro-me quando criança
Da velha casa de taipa
Onde também morava felicidade
E se tinha a pureza de um lar
Abençoada por deus
A minha casa de taipa
Foi tão bom aquele tempo
Criança feliz e contente
Mesmo sem ter um brinquedo
Nem mesmo um carro de frande
Sorria não era pra menos
Na bela casa de taipa
Olhava pela janela
Via o sol a brilhar
Vivia alegre e feliz
Como um pássaro ao cantar
Contemplava o dia e a noite
Mesmo na casa de taipa
Passaram-se os anos
Ficaram as lembranças
E quando olho para trás
Não esqueço quando criança
Só vejo um amontoado de torrão
Da casa que era de taipa.
Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.