Aqui não há mais
chuvas
E os açudes estão
secando
O pasto seco não mata
a fome
Deste sofrido
rebanho.
Vamos vaqueiro juntar
o gado
Coloque os arreios
nos cavalos
Encha bem a cabaça
d’água
Chame o cachorro
tigreiro.
Depois do rebanho
junto
Chega a hora da
tristeza
Aquele boi velho
cansado
Despede-se da boiada.
Caminhamos rumo ao
rio
Do outro lado há
pasto
O boi agora está
morto
Para despistar as
piranhas.
Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.