Boi de Piranhas
Emissael Alves de Barros

Aqui não há mais chuvas

E os açudes estão secando

O pasto seco não mata a fome

Deste sofrido rebanho.

Vamos vaqueiro juntar o gado

Coloque os arreios nos cavalos

Encha bem a cabaça d’água

Chame o cachorro tigreiro.

Depois do rebanho junto

Chega a hora da tristeza

Aquele boi velho cansado

Despede-se da boiada.

Caminhamos rumo ao rio

Do outro lado há pasto

O boi agora está morto

Para despistar as piranhas.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.

Publicada em 08 de Maio de 2012