Quando a inspiração
faz de meu peito um ninho
de inefáveis carícias,
eu sinto na alma
a leveza de um pássaro
errante.
Asas abertas...
Um Ícaro vagabundando
na etérea imensidão celestial!
Livre...
Um conquistador das insólitas
fronteiras do frenesi!
Voando...
Contemplo astros,
estrelas luzidias...
- Quanta incandescência de vida!
Asas abertas...
Giro em torno da Mãe-Lua,
conheço mundos intangíveis
e pouso.
E pousando, vai-se a inspiração.
A alma fecha a porta para mim...
E nada mais resta
senão os meus olhos estupefatos,
analisando o poema recém-nascido!