Apelo ao Açude Velho
Emissael Alves de Barros

Ainda lembro quando criança
De Patativa do Assaré
Manoel Bandeira, Drummond de Andrade
Carlos Pena Filho onde estudávamos
Wilson, Edilson, tantas e tantas outras 
Pessoas que eu admirava

Nossa terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
Salgueiro tem um açude velho
Onde já bebi água de lá
Mas que triste sina
Afogamentos, poluição, sujeira e jacarés

Política, políticos e revitalização
Críticas, mandatos incriminação
Velho açude ancião
Por este povo foi guerreiro
Mas como tantos outros mártires
Teu sacrifício valeu apena

Não chora companheiro
Por hoje não poder rir
Pois enquanto há vida há esperança
Como você também outros se foram
Mas saiba que a lembrança é eterna
No dia em que partir
É como a dor do infarto
Partir nosso peito.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.

Publicada em 05 de Dezembro de 2010