Quando de repente
vejo um homem a caminhar
Tendo rosto sereno, descalço como se apressado
Em carregando nas costas um saco de bagagem
Vai o homem como atleta nas trilhas do asfalto.
Mais quem será
este homem a caminhar sozinho
De aparência estranha fazendo chamar atenção
Tal é a sua força e coragem pelas estradas afora
De um homem andarilho no ardor da sua missão.
Incansavelmente a
trilhar caminhos indefinidos
Onde percebo que ele esteja também a conversar
Como se alguém ao seu lado a fazê-lo companhia
Ainda vejo do rosto sereno um sorriso expressar.
Dias após dias,
vai aquele homem a sua marcha
De passos ritmados e incansável a querer chegar
Aonde? não sei! Nem o seu nome, e se tem fome!
Apenas imagino quem seja o homem a caminhar.
Osvaldo Nunes de Barros/Policial, amigo e salgueirense.
Dedicado às pessoas que sofrem algum tipo de
exclusão.
Publicada
em 21 de abril de 2010