A alma de um
poeta é diversa
E confusa. Na própria alma se funde
E depois, se dilui se dispersa
Noutras almas, se mistura e confunde!
Canta e grita, chora e ri, ela versa
Outras almas, que lhe causa desbunde!
Na sala dela imensa, alma imersa
Em silêncio. Ela é livre e é vimbunde!
Mergulha nas dores! Se universa e sente
Que tem toda à dor deste mundo.
Então sofre e tem choro profundo!
Na alegria emergi, ela fica contente
Bota aviso na cara, bota riso no dente
Ela sente que tem o amor mais fecundo.