Vou por uma estrada deserta
Olhando para um lado e outro
Vejo nuvens de passarinhos
Passo a passo estou chegando.
Um rio longo e cumprido
Água descendo aos montes
Pedras e areia aos ventos
Caatinga triste ao relento.
Pensamentos que vão se indo
Sol incandescente na sorte
A estrada é longa e cumprida
Vai do sul para o norte.
Cantos e contos iguais
Também são diferentes
A ida a volta são ambos
Incertezas que tememos.
Caminhos sempre pisamos
Rastos de um lado e outro
Vejo o lado oposto do horizonte
E não há estrada sem ponte.
Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense