A Dama da Noite
Emissael Alves de Barros

Em uma noite escura
Estava na alegria de um forró
Quando de repente apareceu alguém
Alguém muito estranha
E que nunca lhe tinham visto antes

Dançávamos pelo salão
Quando tinha sensação de frio
Algo estranho estava comigo
E quase certeza ...
A dama não era deste mundo

Pela madrugada me pede companhia
Saímos ao relento e ela seguia
Seguia sem se despedir de mim
Sumindo na escuridão sem nome
E levando consigo o meu blusão de frio

Pela manhã ao chegar a uma casa
Olhei e vi sua foto na parede
Sua mãe me falava que havia falecido
Assustado permanecia olhando
Morreu afogada em uma cacimba próxima?

Apavorado vou ao cemitério
Estava lá sua fotografia
Realmente era a dama da noite
Aquela com quem dancei e me surpreendo
Sobre a sua tumba meu blusão de frio.

Emissael Alves de Barros
Poeta salgueirense.

Publicada em 02 de Dezembro de 2011