O número
de mortos na tragédia ocorrida na cidade
de Mocoa, no sul da Colômbia, passou de
250. Segundo último relatório divulgado
neste domingo (2) pela Cruz Vermelha
Colombiana ao Canal Institucional, os
feridos somam 220. Autoridades locais
decretaram estado de calamidade na
região para facilitar e agilizar
operações de resgate e de ajuda às
vítimas.
Apesar do
balanço atualizado, ainda há um número
indeterminado de desaparecidos e
atingidos. Na Colômbia, não se descarta
a possibilidade do número de vítimas
aumentar, já que "há muita gente
desaparecida", segundo o presidente
colombiano, Juan Manuel Santos. A região vivenciou uma avalanche de água e pedras após o transbordamento dos rios Mocoa, Sangoyaco e Mulatos na cidade de pouco mais de 45 mil habitantes.
"Toda a capacidade do Estado está voltada para apoiar o trabalho humanitário e de busca e resgate", publicou Santos em seu Twitter a respeito da tragédia. De acordo com o presidente, a primeira notícia que recebeu sobre o ocorrido foi dada ainda na madrugada de sexta-feira (31) pelo diretor-geral da União Nacional para a Gestão do Risco de Desastres, Carlos Ivan Márquez. O governante afirmou que 30% da chuva ocorreu apenas na noite de sexta, o que "gerou um repentino aumento de vários rios".
Hospitais superlotados
Em razão da dimensão dos acontecimentos, os serviços de emergência do principal hospital da cidade (de aproximadamente 45 mil habitantes) colapsaram pela quantidade de feridos, segundo detalhou o comandante da Brigada 27 do Exército, general Adolfo Hernández. O oficial detalhou que também "estão sendo feitos esforços de busca no setor de Puerto Limón, onde apareceram alguns corpos".
Sobre a situação em Mocoa, cidade situada no meio da floresta da região amazônica que só se comunica com o restante da Colômbia por via aérea e por uma precária estrada, o militar afirmou que já começaram a chegar auxílios, apesar das dificuldades de acesso. A tragédia supera o mais recente desastre natural da Colômbia. Em maio de 2015, outra avalanche destruiu a cidade de Salgar, no departamento de Antioquia, e deixou, ao menos, 104 mortos.
*Com informações da Agência Brasil. |