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									Localização: 
									27,8 Km da sede 
									| População: 2.100 habitantesDistrito desde 13 de dezembro de 1948
 
									Antes do surgimento 
								do povoado havia nesta região uma tribo indígena 
								com o nome de Atikum Umã - daí surgiu o nome do 
								distrito "UMÃS". 
								
								Desde os tempos 
								passados essas terras foram tidas como de 
								propriedade da família Sá e morava nelas um 
								homem com o nome de Ludovico, de origem incerta, 
								mas, ao que tudo indica, era descendente da 
								tribo de índios citada, tendo nascido 
								provavelmente em meados do século XIX. 
								
								O senhor Ludovico 
								possuía animais de carga com os quais nos anos 
								de dificuldade comprava mantimentos para si e 
								sua família em lugares mais abastecidos como São 
								Gonçalo (Hoje com o nome de Araripina). 
								
								Um fato curioso 
								aconteceu numa dessas viagens. Ao regressar a 
								sua casa encontrou misteriosamente, no caixote 
								da farinha (feito em madeira), ao que eles 
								entenderam por uma imagem de São Sebastião. 
								
								Foi uma grande 
								surpresa para a família que venerou em casa a 
								imagem de São Sebastião por muitos anos. 
								
								Depois de uma 
								grande seca e conseqüentemente fome, o Sr. 
								Ludovico se viu obrigado a se desfazer da 
								Imagem, foi até a casa do Capitão Tonheiro de Sá 
								e propôs a troca da mesma por um garrote para 
								poder matar a fome de sua filhos pelo menos por 
								algum tempo. 
								
								Na hora do almoço, 
								Ludovico informou o acontecido a família e daí 
								ninguém mais quis comer - todos choraram a perda 
								da imagem do Santo. 
								
								Ludovico ficou 
								emocionado e arrependido do feito, foi até a 
								casa do capitão Tonheiro de Sá desfazer o 
								negócio. Pagaria o garrote trocado de outra 
								forma, contando que ficasse com a imagem do 
								Santo. 
								
								O Capitão Tonheiro 
								que era conhecido como um homem de bom coração, 
								devolveu a imagem a Ludovico e ainda perdoou a 
								dívida contraída. 
								
								Vários anos depois, 
								no ano de 1918, formou-se um mutirão no qual 
								praticamente todos os habitantes do local 
								participaram (até as crianças ajudaram) para 
								construir uma capelinha e nele entronizar 
								definitivamente, a imagem de São Sebastião. As 
								filhas do Sr. Ludovico então falecido, ficaram 
								encarregadas de zelar a capelinha. Na verdade, 
								não é de São Sebastião, mas do Bom Jesus, mas a 
								devoção continuou. 
								
								Fundação da Vila e 
								1ª feiraEm 1939 após grande 
								seca nesta região, os açudes secaram e muitas 
								fontes se esgotaram. Mais da metade do rebanho 
								bovino foi perdida.
 
								
								O senhor Antônio 
								Pereira Dum, proprietário e residente da Fazenda 
								Sanharó, próximo a Umãs, vendo a calamidade em 
								que se encontrava o povo desta região, e vendo 
								ainda o esforço que os moradores faziam para 
								buscar alimentos em outras regiões, estudou uma 
								forma de amenizar o sofrimento. Surgiu assim a 
								idéia de se realizar feiras em Umãs - pelo menos 
								encurtaria as distâncias para o abastecimento. 
								Com o sorriso franco, animou o povo, dizendo que 
								tudo ia melhorar. 
								
								O Senhor Antônio 
								Pereira Dum, com a colaboração de Chico Tonheiro 
								(filho do Capitão Tonheiro), Grangeiro Parente, 
								Edésio Barros e outros homens de representação 
								na vizinhança e também com o apoio do Cel. 
								Veremundo Soares e outros chefes políticos de 
								Salgueiro apresentou a todos uma proposta para a 
								formação da Vila de Umãs e a mesma foi aprovada 
								por unanimidade. 
								
								Para tornar o sonho 
								realidade convocou então o povo para desmatar a 
								área destinada à feira. Em 16 de dezembro de ano 
								de 1940 ficou acertado que a 1ª feira seria 
								realizada no dia 05 de janeiro de 1941, primeiro 
								domingo do ano. 
								
								Houve uma grande 
								divulgação e com muita animação foi realizada a 
								feira como se havia planejado sendo um grande 
								sucesso. Vieram negociantes de várias 
								localidades, Terra Nova, Parnamirim, Cabrobó e 
								outros. 
								
								No mesmo dia ficou 
								combinado a 1ª Santa Missa para o dia 18 de 
								janeiro, festejando assim antecipadamente o 
								Santo São Sebastião - quem celebrou a Santa 
								missa foi o Pe. Antônio Boot. 
								
								No ano de 1944 
								ficou constatado que a imagem tida como São 
								Sebastião, imagem quase centenária, na verdade 
								era a imagem do Senhor Bom Jesus. Como a devoção 
								por São Sebastião já era bastante forte, houve a 
								necessidade de adquirir uma imagem do Santo. Foi 
								aí que o Sr. Osmundo Idalino Bezerra ofereceu-se 
								e doou a imagem. 
								
								Devido ao 
								crescimento do povoado, a capelinha tornou-se 
								pequena e todos se juntaram para construir uma 
								maior neste mesmo ano. 
								
								Apesar do esforço e boa vontade de todos, só no 
								ano de 1948, foi que a capela teve condições de 
								receber o seu Santo Padroeiro. 
								
								O Sr. Osmundo 
								Idalino Bezerra doador da Imagem trouxe-a em 
								meio a festas, acompanhado de banda de música e 
								de numerosos devotos do Santo.Em 13 de dezembro de 1948, foi então 
								oficializado como Distrito.
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