Mormo
O mormo,
também conhecido como lamparão,
é uma doença infecto-contagiosa que acomete
equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderia
mallei;
pode também ser contraída por outros animais
como o cão, gato, bode e até o homem.
Esta enfermidade é conhecida a vários séculos e
no anos de 1968, foi considerada extinta no
Brasil. No entanto, estudos sorológicos
realizados nos anos de 1999 e 2000 detectaram a
presença da doença em alguns estados donordeste brasileiro.
Já nos Estados Unidos e na Europa, esta doença
foi erradica; na África e Ásia frequentemente é
diagnosticada.
A infecção por esta
bactéria se da através do contato com fluídos
corporais dos animais doentes, como: pús, urina,
secreção nasal e fezes. Este agente pode
penetrar no organismo pela via digestiva,
respiratória, genital ou cutânea (através de
alguma lesão), alcançando a circulação
sanguínea, indo alojar-se em alguns órgãos, em especial,
nos pulmões e fígado.
Esta bactéria possui um período de incubação de
aproximadamente 4 dias.
Esta doença pode apresentar-se na
forma aguda ou crônica, de modo que a primeira
é mais comum nos asininos e muares e a segunda,
em equinos. Na forma aguda, os sintomas apresentados
pelos animais são: febre,
prostração, fraqueza e anorexia;
surgimento de pústulas na mucosa nasal que viram
úlceras profundas que geram uma descarga
purulenta, tornando-se sanguinolenta
posteriormente; formação de abscessos nos linfonodos/">linfonodos,
podendo comprometer o aparelho respiratório
surgindo dispnéia. Já a forma crônica
localiza-se na pele,
fossas nasais, laringe,traquéia,
pulmões (evolução mais lenta do que a aguda); a
localização cutânea pode ser similar à aguda, no
entanto mais branda.
O diagnóstico pode ser
feito através de técnicas diretas, através do
isolamento bacteriano e inoculação em cobaias,
e pode também, ser feito através de técnicas
indiretas, como pesquisa deanticorpos através
da fixação do complemento e ELISA.
O tratamento não é indicado,
pois os animais permanecem infectados por toda a
vida, tornando-se fontes de infecção para outros
animais. Porém, quando é realizado, recomenda-se
o uso de produtos a base de sulfas, em especial,
sulfadiazina durante 20 dias.
O controle do mormo é baseado
no isolamento da área que contém animais
doentes, sacrifício destes animais positivos,
isolamento e reteste dos suspeitos, cremação dos
corpos dos infectados, desinfecção das
instalações e todo o material que entrou em
contato com os doentes. Deve também ser feito um
rigoroso controle do trânsito de animais entre
os estados e internacionalmente, com
apresentação de resultados negativos de testes
realizados até, no máximo, 15 dias antes do
embarque dos animais.
Fonte: Infoescola |